Portugûes
Parece que esta família principiou em Estêvão Rodrigues, senhor do lugar de M., no julgado de Mirandela, e seu primeiro povoador, contemporâneo de D. Sancho I, a quem acompanhou na tomada de Elvas e de Torres Novas. Casou com Urraca Anes,de quem teve Lourenço Esteves M., senhor de M., que do seu matimónio houve a Afonso Lourenço M., senhor de M. pai de Afonso M., senhor do mesmo lugar, vassalo do Rei D. Fernando e pai de Martim Vaz M.. Assim deduzem alguns autores e genealogia dos M. nas primeiros gerações, porém, outros a começam neste Martim Vaz ou em Fernão Martins, seu filho. Martim Vaz M. foi homem honrado e nobre de Évora, a quem D. Fernando contou a herdade de Capitoa, no termo da mesma cidade, na qual ele instituiu o morgado do Capitão. Teve filhos, entre os quais Fernão Martins M., fidalgo e criado do Infante D. João, filho de D. João I, comendador-mor da Ordem de Sant'Iago em tempo de D. Afonso V e casado com D. Filipa, de quem deixou geração. D. Pedro M., filho de D. Fernão Martins M., neto de Nuno Vaz M. e bisneto de Fernão Martins M., o primeiro, acima referido, foi alcaide-mor de Trancoso, comendador de Castelo Novo, estribeiro-mor de D. João III, aposentador-mor e camareiro de seu filho o Príncipe D. João e embaixador daquele Rei a Roma e ao Imperador Carlos V. Foi ele que pediu a vinda dos padres da Companhia de Jesus para Portugal. Timbre: um leão de vermelho, armado e lampassado de ouro.